sábado, 5 de março de 2011

Dicas para quem quer começar no esporte

Dicas para quem quer começar no esporte

Balonismo - <br>Foto: Lu Fernandes/Equipe 360

Foto: Lu Fernandes/Equipe 360


Balonismo - Coupe Aéronautique Gordon Bennett<br>Foto: D. Leroy
Coupe Aéronautique Gordon Bennett
Foto: D. Leroy


Balonismo - 16º Campeonato Brasileiro de Balonismo<br>Foto: Susan Lemos
16º Campeonato Brasileiro de Balonismo
Foto: Susan Lemos

Qualquer pessoa que possa dirigir um carro é capaz de “dirigir” um balão com apenas 8 a 16 horas de instrução. Saber pilotar a ser um bom piloto, no entanto, há um grande passo, pois a maioria dos acidentes ocorridos no balonismo são causados por falta de experiência ou displicência dos pilotos.

Uma primeira lição é saber quando se deve voar, (as condições climáticas são nosso maior perigo natural, pois uma vez no ar as linhas de alta tensão podem significar um perigo ainda maior!), surgindo daí um ditado bastante conhecido entre os pilotos: É melhor estar no chão dizendo: “que pena que não estou voando” do que voando e pensando: “que pena que não estou no chão”.

O melhor horário para se voar é ou bem cedo de manhã ou ao entardecer. Durante o dia temos as térmicas, o que deixa o balão descontrolado pois, por ser uma massa de ar de temperatura em variação, pode um vez levar o balão para cima e numa outra para baixo, sendo este o maior perigo, pois podemos por exemplo “pousar” num cabo de alta tensão. Em suma, havendo urubus no céu, é aconselhável não voar, pois estes voam basicamente graças às térmicas.

Dicas para quem quer começar no esporte

Dicas para quem quer começar no esporte

Balonismo - <br>Foto: Lu Fernandes/Equipe 360

Foto: Lu Fernandes/Equipe 360


Balonismo - Coupe Aéronautique Gordon Bennett<br>Foto: D. Leroy
Coupe Aéronautique Gordon Bennett
Foto: D. Leroy


Balonismo - 16º Campeonato Brasileiro de Balonismo<br>Foto: Susan Lemos
16º Campeonato Brasileiro de Balonismo
Foto: Susan Lemos

Qualquer pessoa que possa dirigir um carro é capaz de “dirigir” um balão com apenas 8 a 16 horas de instrução. Saber pilotar a ser um bom piloto, no entanto, há um grande passo, pois a maioria dos acidentes ocorridos no balonismo são causados por falta de experiência ou displicência dos pilotos.

Uma primeira lição é saber quando se deve voar, (as condições climáticas são nosso maior perigo natural, pois uma vez no ar as linhas de alta tensão podem significar um perigo ainda maior!), surgindo daí um ditado bastante conhecido entre os pilotos: É melhor estar no chão dizendo: “que pena que não estou voando” do que voando e pensando: “que pena que não estou no chão”.

O melhor horário para se voar é ou bem cedo de manhã ou ao entardecer. Durante o dia temos as térmicas, o que deixa o balão descontrolado pois, por ser uma massa de ar de temperatura em variação, pode um vez levar o balão para cima e numa outra para baixo, sendo este o maior perigo, pois podemos por exemplo “pousar” num cabo de alta tensão. Em suma, havendo urubus no céu, é aconselhável não voar, pois estes voam basicamente graças às térmicas.

Aterrissagem

Aterrissagem

Balonismo - <br>Foto: Lu Fernandes/Equipe 360


Novamente dependemos das condições climáticas. As condições ideais seriam um pouso com pouco vento num gramado, podendo desta forma o piloto manter o balão em pé até a chegada de seu resgate.

Caso haja um vento mais forte, é comum que o balão arraste alguns metros, até que o envelope esteja completamente vazio.

Aterrissagem

Aterrissagem

Balonismo - <br>Foto: Lu Fernandes/Equipe 360


Novamente dependemos das condições climáticas. As condições ideais seriam um pouso com pouco vento num gramado, podendo desta forma o piloto manter o balão em pé até a chegada de seu resgate.

Caso haja um vento mais forte, é comum que o balão arraste alguns metros, até que o envelope esteja completamente vazio.

Fotos


Fotos


Primeiro Campeonato Europeu Feminino

Primeiro Campeonato Europeu Feminino


No próximo dia 15/06 começa em Alytus, na Lituânia, o 1º Campeonato FAI Europeu Feminino. É a primeira vez que um evento oficial de balonismo somente para mulheres pilotos acontece com sanção da FAI - Federação Aeronáutica Internacional.

A categoria feminina foi aprovada pela Comissão de Balonismo da FAI em 2008, durante a reunião anual em Salzburgo e desde então, organizadores de diversos países vêm trabalhando para sediar os campeonatos continentais e mundiais.

28 pilotos de 12 países diferentes da Europa estão inscritas no evento, sendo que este é um número recorde de participação feminina em campeonatos de balonismo.

A piloto inglesa Lindsay Muir é a favorita, já tendo acumulado mais de 2400 horas de voo em balão de ar quente.

Representando a Eslovênia desde o ano passado, a piloto Gabriela Slavec, nascida no Brasil, também estará competindo no evento. Com alguns títulos no Brasil, como o de campeã no Festival de Torres (2007) e no Sul-Brasileiro em Maringá (2006), esta será a terceira vez que ela compete fora do país. "Estou muito feliz de poder competir neste primeiro Europeu, ao lado de pilotos como a Lindsay, que tem tantas horas de experiência de voo e de competição", diz Gabriela.

O Diretor do Campeonato, Mathijs de Bruijn, da Holanda, será responsável por elaborar as tarefas durante os 6 vôos competitivos que serão realizados, dependendo das condições do tempo.

Bons ventos!

Leia mais sobre o evento em

eurowomenhab2010.orobalionai.lt
e
www.balonismonoar.com.br

Primeiro Campeonato Europeu Feminino

Primeiro Campeonato Europeu Feminino


No próximo dia 15/06 começa em Alytus, na Lituânia, o 1º Campeonato FAI Europeu Feminino. É a primeira vez que um evento oficial de balonismo somente para mulheres pilotos acontece com sanção da FAI - Federação Aeronáutica Internacional.

A categoria feminina foi aprovada pela Comissão de Balonismo da FAI em 2008, durante a reunião anual em Salzburgo e desde então, organizadores de diversos países vêm trabalhando para sediar os campeonatos continentais e mundiais.

28 pilotos de 12 países diferentes da Europa estão inscritas no evento, sendo que este é um número recorde de participação feminina em campeonatos de balonismo.

A piloto inglesa Lindsay Muir é a favorita, já tendo acumulado mais de 2400 horas de voo em balão de ar quente.

Representando a Eslovênia desde o ano passado, a piloto Gabriela Slavec, nascida no Brasil, também estará competindo no evento. Com alguns títulos no Brasil, como o de campeã no Festival de Torres (2007) e no Sul-Brasileiro em Maringá (2006), esta será a terceira vez que ela compete fora do país. "Estou muito feliz de poder competir neste primeiro Europeu, ao lado de pilotos como a Lindsay, que tem tantas horas de experiência de voo e de competição", diz Gabriela.

O Diretor do Campeonato, Mathijs de Bruijn, da Holanda, será responsável por elaborar as tarefas durante os 6 vôos competitivos que serão realizados, dependendo das condições do tempo.

Bons ventos!

Leia mais sobre o evento em

eurowomenhab2010.orobalionai.lt
e
www.balonismonoar.com.br

Conheça a história da invenção do balão de ar quente



Conheça a história da invenção do balão de ar quente

Desde os primórdios dos tempos históricos, o homem vem tentando dominar a arte de voar. Alguns com a idéia de poder ser livres como os pássaros, outros para se aproximarem dos deuses e de muitas outras idéias. Mas o fato é que tinham uma mesma meta: voar.

Existem muitas lendas e histórias a respeito de homens e máquinas voadores, porém só temos provas concretas da descoberta de uma máquina de voar feita há quase 300 anos.

A lenda de Dedalus e Ícarus, que fabricaram asas como de passarinhos e voaram sobre o Mar Egeu, mostra perfeitamente a fantasia da época. Sabemos hoje que isso seria impossível, já que não teriam força para movimentar as asas. Os homens deveriam ter se baseado, não nos pássaros, mas sim nas nuvens!

Alguns documentos dizem que na dinastia de Yin (séc. XXI A.C) existiam balões, possivelmente a fumaça, para levar pessoas. Supõe-se que eles eram usados nas guerras.

Acredita-se que outro povo a ter construído os primeiros balões foram os índios Nazca, peruanos pré-incaicos, há mais de 2000 anos. Os fatos que levam a essa crença baseiam-se em um trabalho em barro onde há o desenho de um balão, além dos famosos desenhos no planalto de Nazca, onde em 1975 foi comprovado pela Associação Internacional de Exploradores que seria possível construir um balão com o material da época. Eles inclusive chegaram a fazer um vôo com um balão feito com esse material, pilotado por Julian Nott, com a ajuda de Jim Woodman.

Outras descobertas contribuíram com o principio do balonismo, assim como de Archimedes (200 A.C), ao mostrar que o volume de um corpo mergulhado num líquido é igual ao volume líquido removido. Muitos anos depois, Galileu prova que o ar tem uma densidade de peso. Neste meio tempo, Roger Bacon (séc. XIII) desenvolveu uma teoria sobre balões cheios de ar etéreo (aetherial air).

O escritor francês Cyrano de Bergerac, ativo durante as pesquisas de Galileu, faz com seus heróis cheguem ao Sol e à Lua segurando balões cheios de vapor que, ao se aproximarem do Sol, ficariam mais leves.

Outras idéias vieram de outros inventores, como Lara – Terzi, que chegou a publicar a teoria de que um banco de madeira poderia ser levado por quatro esferas com vácuo. Porém somente em 1709, com o padre brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão, é que finalmente o homem moderno dá seu primeiro passo em direção aos céus.

Bartolomeu mostrou a Dom João V de Portugal seu balão a ar quente, provavelmente feito de papel, com algum material em chama na parte inferior, que só se ergueu aproximadamente a um metro do solo, e aparentemente se incendiou. Como a patente pedida por Bartolomeu era de que o balão serviria para viagens, transporte, correção de mapas, apoio em guerras, etc ..., o resultado pouco convincente fez com que Dom João V não se animasse muito, deixando o padre desmoralizado.



Balonismo - Passarola do Padre Bartolomeu de Gusmão<br>Foto: Arquivo - Museo do Ar
Passarola do Padre Bartolomeu de Gusmão
Foto: Arquivo - Museo do Ar


Balonismo - World Air Games 2001 - Balonismo<br>Foto: Salvator HaimWorld Air Games 2001 - Balonismo
Foto: Salvator Haim


Balonismo - Protótipo de balão<br>Foto: IlustraçãoProtótipo de balão
Foto: Ilustração


Balonismo - Ilustração da época em que testes com balões de ar quente eram realizados constantemente<br>Foto: IlustraçãoIlustração da época em que testes com balões de ar quente eram realizados constantemente
Foto: Ilustração


Balonismo - <br>Foto: Ilustração
Foto: Ilustração

Conheça a história da invenção do balão de ar quente



Conheça a história da invenção do balão de ar quente

Desde os primórdios dos tempos históricos, o homem vem tentando dominar a arte de voar. Alguns com a idéia de poder ser livres como os pássaros, outros para se aproximarem dos deuses e de muitas outras idéias. Mas o fato é que tinham uma mesma meta: voar.

Existem muitas lendas e histórias a respeito de homens e máquinas voadores, porém só temos provas concretas da descoberta de uma máquina de voar feita há quase 300 anos.

A lenda de Dedalus e Ícarus, que fabricaram asas como de passarinhos e voaram sobre o Mar Egeu, mostra perfeitamente a fantasia da época. Sabemos hoje que isso seria impossível, já que não teriam força para movimentar as asas. Os homens deveriam ter se baseado, não nos pássaros, mas sim nas nuvens!

Alguns documentos dizem que na dinastia de Yin (séc. XXI A.C) existiam balões, possivelmente a fumaça, para levar pessoas. Supõe-se que eles eram usados nas guerras.

Acredita-se que outro povo a ter construído os primeiros balões foram os índios Nazca, peruanos pré-incaicos, há mais de 2000 anos. Os fatos que levam a essa crença baseiam-se em um trabalho em barro onde há o desenho de um balão, além dos famosos desenhos no planalto de Nazca, onde em 1975 foi comprovado pela Associação Internacional de Exploradores que seria possível construir um balão com o material da época. Eles inclusive chegaram a fazer um vôo com um balão feito com esse material, pilotado por Julian Nott, com a ajuda de Jim Woodman.

Outras descobertas contribuíram com o principio do balonismo, assim como de Archimedes (200 A.C), ao mostrar que o volume de um corpo mergulhado num líquido é igual ao volume líquido removido. Muitos anos depois, Galileu prova que o ar tem uma densidade de peso. Neste meio tempo, Roger Bacon (séc. XIII) desenvolveu uma teoria sobre balões cheios de ar etéreo (aetherial air).

O escritor francês Cyrano de Bergerac, ativo durante as pesquisas de Galileu, faz com seus heróis cheguem ao Sol e à Lua segurando balões cheios de vapor que, ao se aproximarem do Sol, ficariam mais leves.

Outras idéias vieram de outros inventores, como Lara – Terzi, que chegou a publicar a teoria de que um banco de madeira poderia ser levado por quatro esferas com vácuo. Porém somente em 1709, com o padre brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão, é que finalmente o homem moderno dá seu primeiro passo em direção aos céus.

Bartolomeu mostrou a Dom João V de Portugal seu balão a ar quente, provavelmente feito de papel, com algum material em chama na parte inferior, que só se ergueu aproximadamente a um metro do solo, e aparentemente se incendiou. Como a patente pedida por Bartolomeu era de que o balão serviria para viagens, transporte, correção de mapas, apoio em guerras, etc ..., o resultado pouco convincente fez com que Dom João V não se animasse muito, deixando o padre desmoralizado.



Balonismo - Passarola do Padre Bartolomeu de Gusmão<br>Foto: Arquivo - Museo do Ar
Passarola do Padre Bartolomeu de Gusmão
Foto: Arquivo - Museo do Ar


Balonismo - World Air Games 2001 - Balonismo<br>Foto: Salvator HaimWorld Air Games 2001 - Balonismo
Foto: Salvator Haim


Balonismo - Protótipo de balão<br>Foto: IlustraçãoProtótipo de balão
Foto: Ilustração


Balonismo - Ilustração da época em que testes com balões de ar quente eram realizados constantemente<br>Foto: IlustraçãoIlustração da época em que testes com balões de ar quente eram realizados constantemente
Foto: Ilustração


Balonismo - <br>Foto: Ilustração
Foto: Ilustração

Conquistando os céus: o que é um balão de ar quente

Conquistando os céus: o que é um balão de ar quente


Em função das características físicas do ar e da diminuição de sua densidade com a altitude, podemos conceituar que uma massa de ar perto do solo que tenha uma densidade menor do que aquela à sua volta sobe procurando atingir um nível de igual densidade.

Esta característica pode ser criada enchendo um grande volume com um fluido mais leve que o ar ao seu redor.

O ar, quando aquecido, torna-se menos denso, podendo desta forma se elevar.

Para nós, leigos, o ar parece bastante leve, porém este é um conceito errado. Um metro cúbico de ar pesa, em condições normais de temperatura e pressão, 1,25kg. Um típico balão de quatro passageiros tem 2.180 metros cúbicos (modelo AX7) e contém aproximadamente 2,6 ton. antes de aquecido. Quando aquecido, o ar dilata, e parte sai pela boca do balão. Os equipamentos, juntamente com os passageiros, pesam aproximadamente 600kg, e esse é o peso que deve ser expelido do envelope para que este possa voar (princípio de Arquimedes). Neste exemplo a temperatura é de 100°C, uma temperatura típica.

Num balão de ar quente moderno, uma grande massa de ar é contida por um “envelope”, feito de nylon tratado, um tecido resistente, leve e pouco poroso. A vida útil de um envelope normal é de duzentas a trezentas horas de vôo, chegando hoje a seiscentas, dependendo dos materiais usados com o mesmo.

O gás
O propano líquido (gás usado para o balonismo, por ser o de maior pressão), com força de eu próprio vapor, sobe até a válvula do maçarico onde será liberado quando necessário. Existem duas saídas para o gás. A primeira pelo piloto: uma chaminha pequena que está sempre acesa, alimentada apenas por vapor, servindo de “piloto” para segunda saída, alimentada por propano líquido, que evapora ao passar pela serpentina, aquecida pela chama, aumentando a eficiência da queimada.

O cilindro tem três saídas:


  • A primeira é para alimentar o piloto; sendo assim, deve deixar que passe apenas o vapor, portanto é localizada na parte superior do cilindro, tendo apenas um orifício com uma válvula de conexão para a mangueira do piloto.

  • A segunda saída é a de propano líquido e, para isso, tem um “pescador” (tubo que vai até o fundo do cilindro) podendo desta forma utilizar todo o gás.

  • A terceira e última saída é a válvula de segurança, também utilizada durante o abastecimento, quando é aberta para deixar o vapor sair, permitindo que o propano líquido entre com mais facilidade e, quando começa a sair o gás líquido, é porque já está cheio, de acordo com a capacidade do cilindro. Esta válvula de segurança tem um pequeno “pescador” que vai até o limite onde o gás deveria chegar, para não colocar excesso de pressão no cilindro.


    O cesto (gôndola) Temos dois tipos básicos de cestos: o flexível (feito de vime) e o rígido (feito de fibra de vidro, ferro, etc...). O cesto é preso no envelope através de cabos de aço (ou kevlar, como nos balões mais modernos nos Estados Unidos, para minimizar os riscos em contato com fios de alta tensão), que dão a volta por baixo do cesto, e são ligados por mosquetões aos cabos de aço vindos do balão.

    Varas de nylon conectadas ao cesto dão sustentação ao maçarico quando o balão está no solo. Quando em vôo, essas varas são dispensáveis, pois o que dá sustentação são os cabos de aço. O cesto rígido perdeu espaço para o flexível, uma vez que amortece o choque de um pouso mais conturbado. Esses cestos são feitos de vime, um material bastante resistente.

    No cesto temos, além dos bujões de gás, os instrumentos, que são basicamente o altímetro e o variômetro, que informa com bastante precisão quanto o balão está subindo ou descendo. Ainda há o termômetro interno, que fica na parte superior do envelope, indicando a sua temperatura (que não deve ultrapassar em muito os 120°C).

  • Conquistando os céus: o que é um balão de ar quente

    Conquistando os céus: o que é um balão de ar quente


    Em função das características físicas do ar e da diminuição de sua densidade com a altitude, podemos conceituar que uma massa de ar perto do solo que tenha uma densidade menor do que aquela à sua volta sobe procurando atingir um nível de igual densidade.

    Esta característica pode ser criada enchendo um grande volume com um fluido mais leve que o ar ao seu redor.

    O ar, quando aquecido, torna-se menos denso, podendo desta forma se elevar.

    Para nós, leigos, o ar parece bastante leve, porém este é um conceito errado. Um metro cúbico de ar pesa, em condições normais de temperatura e pressão, 1,25kg. Um típico balão de quatro passageiros tem 2.180 metros cúbicos (modelo AX7) e contém aproximadamente 2,6 ton. antes de aquecido. Quando aquecido, o ar dilata, e parte sai pela boca do balão. Os equipamentos, juntamente com os passageiros, pesam aproximadamente 600kg, e esse é o peso que deve ser expelido do envelope para que este possa voar (princípio de Arquimedes). Neste exemplo a temperatura é de 100°C, uma temperatura típica.

    Num balão de ar quente moderno, uma grande massa de ar é contida por um “envelope”, feito de nylon tratado, um tecido resistente, leve e pouco poroso. A vida útil de um envelope normal é de duzentas a trezentas horas de vôo, chegando hoje a seiscentas, dependendo dos materiais usados com o mesmo.

    O gás
    O propano líquido (gás usado para o balonismo, por ser o de maior pressão), com força de eu próprio vapor, sobe até a válvula do maçarico onde será liberado quando necessário. Existem duas saídas para o gás. A primeira pelo piloto: uma chaminha pequena que está sempre acesa, alimentada apenas por vapor, servindo de “piloto” para segunda saída, alimentada por propano líquido, que evapora ao passar pela serpentina, aquecida pela chama, aumentando a eficiência da queimada.

    O cilindro tem três saídas:


  • A primeira é para alimentar o piloto; sendo assim, deve deixar que passe apenas o vapor, portanto é localizada na parte superior do cilindro, tendo apenas um orifício com uma válvula de conexão para a mangueira do piloto.

  • A segunda saída é a de propano líquido e, para isso, tem um “pescador” (tubo que vai até o fundo do cilindro) podendo desta forma utilizar todo o gás.

  • A terceira e última saída é a válvula de segurança, também utilizada durante o abastecimento, quando é aberta para deixar o vapor sair, permitindo que o propano líquido entre com mais facilidade e, quando começa a sair o gás líquido, é porque já está cheio, de acordo com a capacidade do cilindro. Esta válvula de segurança tem um pequeno “pescador” que vai até o limite onde o gás deveria chegar, para não colocar excesso de pressão no cilindro.


    O cesto (gôndola) Temos dois tipos básicos de cestos: o flexível (feito de vime) e o rígido (feito de fibra de vidro, ferro, etc...). O cesto é preso no envelope através de cabos de aço (ou kevlar, como nos balões mais modernos nos Estados Unidos, para minimizar os riscos em contato com fios de alta tensão), que dão a volta por baixo do cesto, e são ligados por mosquetões aos cabos de aço vindos do balão.

    Varas de nylon conectadas ao cesto dão sustentação ao maçarico quando o balão está no solo. Quando em vôo, essas varas são dispensáveis, pois o que dá sustentação são os cabos de aço. O cesto rígido perdeu espaço para o flexível, uma vez que amortece o choque de um pouso mais conturbado. Esses cestos são feitos de vime, um material bastante resistente.

    No cesto temos, além dos bujões de gás, os instrumentos, que são basicamente o altímetro e o variômetro, que informa com bastante precisão quanto o balão está subindo ou descendo. Ainda há o termômetro interno, que fica na parte superior do envelope, indicando a sua temperatura (que não deve ultrapassar em muito os 120°C).

  • Sobre voar de balão

    Sobre voar de balão

    Qualquer pessoa que possa dirigir um carro é capaz de “dirigir” um balão com apenas 8 a 16 horas de instrução. Saber pilotar a ser um bom piloto, no entanto, há um grande passo, pois a maioria dos acidentes ocorridos no balonismo são causados por falta de experiência ou displicência dos pilotos.

    Uma primeira lição é saber quando se deve voar, (as condições climáticas são nosso maior perigo natural, pois uma vez no ar as linhas de alta tensão podem significar um perigo ainda maior!), surgindo daí um ditado bastante conhecido entre os pilotos: É melhor estar no chão dizendo: “que pena que não estou voando” do que voando e pensando: “que pena que não estou no chão”.

    O melhor horário para se voar é ou bem cedo de manhã ou ao entardecer. Durante o dia temos as térmicas, o que deixa o balão descontrolado pois, por ser uma massa de ar de temperatura em variação, pode um vez levar o balão para cima e numa outra para baixo, sendo este o maior perigo, pois podemos por exemplo “pousar” num cabo de alta tensão. Em suma, havendo urubus no céu, é aconselhável não voar, pois estes voam basicamente graças às térmicas.

    Sobre voar de balão

    Sobre voar de balão

    Qualquer pessoa que possa dirigir um carro é capaz de “dirigir” um balão com apenas 8 a 16 horas de instrução. Saber pilotar a ser um bom piloto, no entanto, há um grande passo, pois a maioria dos acidentes ocorridos no balonismo são causados por falta de experiência ou displicência dos pilotos.

    Uma primeira lição é saber quando se deve voar, (as condições climáticas são nosso maior perigo natural, pois uma vez no ar as linhas de alta tensão podem significar um perigo ainda maior!), surgindo daí um ditado bastante conhecido entre os pilotos: É melhor estar no chão dizendo: “que pena que não estou voando” do que voando e pensando: “que pena que não estou no chão”.

    O melhor horário para se voar é ou bem cedo de manhã ou ao entardecer. Durante o dia temos as térmicas, o que deixa o balão descontrolado pois, por ser uma massa de ar de temperatura em variação, pode um vez levar o balão para cima e numa outra para baixo, sendo este o maior perigo, pois podemos por exemplo “pousar” num cabo de alta tensão. Em suma, havendo urubus no céu, é aconselhável não voar, pois estes voam basicamente graças às térmicas.